Dengue
Transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti, a dengue é uma doença viral que se espalha rapidamente no mundo;
Doença
febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria
dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma
pequena parte progride para doença grave. É a doença viral transmitida por
mosquito que se espalha mais rapidamente no mundo, sendo a mais importante
arbovirose que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de saúde
pública no mundo.
Ocorre e dissemina-se especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito;
No período entre 2002 a 2011, a dengue se consolidou como um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil. Nele, a epidemiologia da doença apresentou alterações importantes, destacando-se o maior número de casos e hospitalizações, com epidemias de grande magnitude, o agravamento do processo de interiorização da transmissão, com registro de casos em municípios de diferentes portes populacionais e a ocorrência de casos graves acometendo pessoas em idades extremas (crianças e idosos).
O processo de interiorização da transmissão já observado desde a segunda metade da década de 1990 mantém-se no período de 2002 a 2011. Aproximadamente 90% das epidemias ocorreram em municípios com até 500.000 mil habitantes sendo que quase 50% delas em municípios com população menor que 100.000 habitantes.
Orientações
Em caso de suspeita de dengue procurar o serviço de saúde e evitar
automedicação.
Devido às
características da dengue, pode-se destacar seu diagnóstico diferencial com as
seguintes síndromes
clínicas
Tratamento
Baseia-se principalmente em hidratação adequada, levando em consideração
o estadiamento da doença (Grupo A, B, C e D), segundo os sinais e sintomas
apresentados pelo paciente, para decidir condutas, bem como o reconhecimento
precoce dos sinais de alarme. É importante reconhecer precocemente os sinais de
extravasamento plasmático para correção rápida com infusão de fluidos. Quanto
ao tipo de unidade de saúde para o atendimento dos pacientes de dengue, deve-se
levar em consideração o estadiamento da doença, seguindo as indicações a
seguir:
Grupo A- são os pacientes com as seguintes características:
·
Caso suspeito de dengue (nos lactentes, alguma irritabilidade e choro
persistente podem ser a expressão de sintomas como cefaleia e algias) com:
o
prova do laço negativo e ausência de manifestações hemorrágicas
espontâneas;
o
ausência de sinais de alarme;
o
sem comorbidades, grupo de risco ou condições clínicas especiais.
o
· Estes pacientes devem ter acompanhamento ambulatorial.
Grupo B- são os pacientes com as seguintes características:
·
Caso suspeito de dengue com:
o
sangramento de pele espontâneo (petéquias) ou induzido (prova do laço
+),
o
ausência de sinais de alarme,
o
Condições clínicas especiais e/ou de risco social ou comorbidades:
lactentes (menores de 2 anos), gestantes, adultos com idade acima de 65 anos,
com hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares graves, diabetes
mellitus, DPOC, doenças hematológicas crônicas (principalmente anemia
falciforme e púrpuras), doença renal crônica, doença ácido péptica,
hepatopatias e doenças autoimunes.
o
Estes pacientes devem ter acompanhamento em unidade de saúde com leitos
de observação.
Grupo C- são os pacientes que apresentam as seguintes características:
·
Caso suspeito de dengue com presença de algum sinal de alarme e
manifestações hemorrágicas presentes ou ausentes.
·
Estes pacientes devem ter acompanhamento em unidade hospitalar.
ATENÇÃO: Esses pacientes devem ser atendidos, inicialmente, em qualquer serviço
de saúde independente de nível de complexidade, sendo obrigatória a hidratação
venosa rápida, inclusive durante eventual transferência para uma unidade de
referência.Se houver resposta inadequada após as três fases de expansão,
deve-se conduzir como Grupo D.
Grupo D- são os pacientes que apresentam as seguintes características:
·
Caso suspeito de dengue com:
o
presença de sinais de choque, desconforto respiratório ou
disfunção grave de órgãos.
o
manifestações hemorrágicas presentes ou ausentes.
o
Estes pacientes devem ter acompanhamento preferencialmente em unidade
com Terapia Intensiva.
Fonte: ministeriodasaude.gov.br
Mª Eliene,Parabéns pela sua iniciativa e pelo seu blog. Nossa classe de fato precisa de profissionais como você!
ResponderExcluirParabéns,
Enfª Monique