segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Aterosclerose

É uma doença inflamatória crônica na qual ocorre a formação de ateromas dentro dos vasos sanguineos. Os ateromas são placas compostas por lipidios e tecido fibroso que se formam na parede dos vasos levando progressivamente à diminuição do diâmetro dos vasos, podendo chegar a obstrução total do mesmo. É uma doença fatal quando afeta as artérias do coração ou do cérebro, órgãos que resistem apenas poucos minutos sem oxigenio. O início de formação dessas placas de gordura ocorre na infância e vai progredindo durante a vida. Qualquer pessoa pode desenvolver essa doença porém os mais atingidos são pessoas com pré disposição genética, com pressão alta, diabetes ou obesidade.

Processo de surgimento da doença (etiopatogenia)

A formação do ateroma é complexa. Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) penetram na parede dos vasos, atravessando o endotélio, chegando à camada íntima da parede. Neste local são fagocitados. A ateriosclerose agride essencialmente a camada íntima da artéria.

O papel do colesterol e das lipoproteínas na Aterosclerose

Aumento da LDL: Esse é o fator principal para a doença. O LDL (lipoproteína de baixa densidade) se eleva pela ingestão elevada de gorduras altamente saturadas (principalmente vinda de animais) na dieta diária, por obesidade e inatividade física.

Hipercolesterolemia Familiar: Doença em que a pessoa herda genes defeituoso para a formação do receptor de LDL nas superfícies das membranas celulares do corpo. É uma doença autossômica dominante com predomínio de 1 a cada 500 pessoas. Geralmente ocorre um defeito que reduz drasticamente o número de receptores de LDL funcionais. Com isso, o fígado não é capaz de absorver as lipoproteínas de baixa densidade nem as de densidade intermediária. Sem essa absorção, o mecanismo do colesterol das células hepáticas se descontrola, produzindo novo colesterol e deixando de responder a inibição que foi desencadeada pela presença de uma grande quantidade de colesterol plasmático. O resultado disso é que o número de lipoproteínas de muita baixa densidade é liberado pelo fígado para o plasma em uma quantidade enorme. Isso pode gerar acúmulo de placas ateromatosas nas paredes dos vasos, gerando a aterosclerose, além de poder gerar outros problemas graves como infarto do miocárdio.

Prevenção pelas proteínas HDL: Acredita-se que as HDL(lipop.alta densidade- "flutuam" passando livremente pela luz do vaso) são capazes de absorver cristais de colesterol que começam a ser depositados nas paredes das artérias. Quando a pessoa apresenta uma elevada concentração de HDL em proporção a LDL, as chances de desenvolver aterosclerose são muito reduzídas.

Sintomas

Alguns sintomas da aterosclerose, é dilatação dos vasos sanguineos, dor no peito ( tipo facadas ), profundas dores de cabeça, dores nos braços e pernas.

Fatores de Risco

Os principais são
1)Hipertensão
2)Falta de atividade física e obesidade
3) diabetes Mellitus
4)Hiperlipidemia
5)Tabagismo
6)Alcool

Prevenção

As medidas mais importantes são manter um peso saudável, ser fisicamente ativo e ter uma dieta rica em gordura insaturada e com baixo teor de colesterol, evitar o tabagismo. A maior parte do colesterol formada no fígado é convertida em ácidos biliares, e a maior parte destes são reabsorvidos no íleo e usadas na bile.

Tratamento

Na aterosclerose consiste em retirar as placas de gordura que estão presas nas paredes das artérias cirurgicamente, o cateterismo, a angioplastia a Laser, a ingesta de alguns medicamentos e atividade física.

Importante: não se automedique, procure um especialista "Médico" o uso de medicação de forma errada pode piorar sua doença.

Obtida de:
HTTP://departamentos.cardiol.br

Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB)

          A Câmara hiperbárica foi usadas pela primeira vez em 1622 por Henshaw para fins medicinais, preconizando as altas pressões para as doenças com quadros agudos e as baixas pressões para os crônicos. No Brasil a OHB foi aceita a partir de 1930 e restringia-se, praticamente ao tratamento de doença descompressiva (DD) com mergulhadores, após ser estabelecidas normas de segurança referente a tal procedimento passou a ser empregada no tratamento de diversas doenças. Em 1960 Smith e Sharp na Escócia, experimentam o tratamento da intoxicação pelo monóxido de carbono (CO) através da OHB com resultados satisfatórios, ainda nesta década surgiram vários centros de OHB e em 1967 após um simpósio internacional referente ao tema nasceu a primeira sociedade: a “Undersea and Hyperbaric Medical Society”. No Brasil a Marinha deu um grande passo, criando o primeiro serviço de Oxigenoterapia Hiperbárica, no Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), voltado para clientes com distintas indicações de OHB.
A OHB é uma terapêutica regulamentada, na qual o paciente realiza inalação intermitente de oxigênio 100% com uma pressão maior que a da atmosférica, no interior de uma câmara hiperbárica.
A OHB funciona causando o aumento da pressão dentro da câmara hiperbárica, associada a um aporte de O2 aumentado, leva a uma maior difusão de Oxigênio para o sangue. O qual fica com 100% de suas hemácias carreando Oxigênio e ainda transporta uma parte diluída no plasma, com isso o sangue rico em oxigênio, ao chegar aos tecidos em sofrimento, aumentando a formação do tecido de granulação e como coadjuvante no controle da infecção, tendo seus resultados evidentes no tratamento de fasciites necrotizantes extensas e síndrome de Fournier dentre outras e consequentemente estimulando seu processo de cicatrização, através da estimulação de fibroblastos e  osteogênese acarreta uma estimulação de neovascularização nas áreas em sofrimento. Porem a aplicação do tratamento e efetuado após avaliação da enfermidade onde se é determinado a quantidade de sessões, o nível de pressão, duração, intervalos e numero total de variáveis.
A disponibilidade da OHB ainda muito restrita no país, entretanto, a amplitude de suas indicações aponta sua importância para a saúde Assim sendo, a Oxigenoterapia Hiperbárica vem se consagrando como um método adjuvante e eficaz no auxílio a cicatrizações de feridas combate a infecções severas, dentre outros. As Diretrizes de Segurança e Qualidade expedidas pela Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica cita que os profissionais indicados para operar e prestar cuidado aos clientes deverá ser enfermeiros e técnicos de enfermagem, atendendo a Lei nº. 7.498/86 que regulamenta o
Exercício Profissional de Enfermagem desde que este esteja habilitado para operação do painel de controle de câmara multiplace e monoplace, onde a manipulação dos equipamentos é realizada simultaneamente e com absoluta atenção aos procedimentos a serem executados no inicio, meio e fim.

Custo/benefício
Deve ser avaliado antes de iniciar o tratamento
Tempo de hospitalização;
Tempo de antibioticoterapia;
Custos globais do tratamento;
Necessidade de cirurgias mutiladoras;
Sofrimento emocional do paciente e seus familiares.

Pode ser de dois tipos:
Monoplaces: Acomoda um paciente é pressurizado a pressões de 2 a 2,5 ATA com oxigênio a 100%.
Multiplaces: Comporta simultaneamente vários pacientes, eles são pressurizados ao mesmo tempo a pressões entre 2 e 2,5 ATA, usando ar comprimido, mas recebem máscaras ou capuzes de Oxigênio a 100%.

Deve-se ter em mente que não é OHB quando:
Inalação de O2 a 100% em respiração espontânea;
Inalação de O2 a 100% através de respiradores mecânicos em pressão
ambiente;
    Exposição de membros ao O2 por meio de bolsas ou tendas, mesmo que pressurizadas.


A Aplicação Clinica da OHB é indicada nas seguintes patologias como:
Embolias gasosas, doenças descompressivas, embolia traumática pelo ar envenenamento por monóxido de carbono, doença de fournier, infecções necrotizantes de tecidos moles, isquemias agudas traumáticas, vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas, queimadura complexa, lesões refratarias, lesões por radiação, dentre outras. Em geral os pacientes na medicina hiperbarica são profissional de mergulhação da aeronáutica; trabalhadores sob ar-comprimido, prevalecendo uma abordagem voltada a saúde ocupacional;


Das Contra-indicações:
Absolutas: Gravidez, pneumotórax não tratado e uso de
Antineoplásicas.
Relativas: Infecções das vias aéreas superiores, DPOC com retenção de CO2,
hipertermia, histórico de pneumotórax espontâneo, cirurgia prévia em ouvido,
esferocitose congênita, infecção viral em fase aguda.

O Papel da Enfermagem no Tratamento da OHB
Os clientes submetidos a esse tipo de tratamento são bastante diferenciados pela idade, diagnóstico e gravidade da sintomatologia. Assim sendo, o profissional de enfermagem hiperbárico deve ter experiência em atendimento a clientes críticos no que concerne a enfermagem médico-cirúrgico de adultos e crianças, bem como no apoio às atividades de mergulho raso, profundo e mergulho saturado, atendimentos a clientes submetidos à OHB e acidentados de mergulho submetidos a recompressão dando-lhes condições para que o tratamento fosse executado com exatidão, no entanto podemos compreender que a função do profissional de enfermagem hiperbárico compreende, em regra, a orientação ao cliente sobre as medidas de segurança do mergulho, acompanhamento e observação durante a realização do tratamento de OHB, cumprimento das tabelas de tratamento, tais como: TPD (Tabela Padrão de Descompressão) TDSO (Tabela de Descompressão com o Uso de Oxigênio) TLSD (Tabela sem Limite de Descompressão), observação dos efeitos colaterais da OHB, bem como fornecimento do suporte básico à vida em caso de eventuais acidentes, convulsão ou intoxicação pulmonar ou neurológica.

Papel da Enfermagem na OHB
·         Realizar anamnese e exame clinica com atenção ao tímpano e pulmão;
·         Instrui o cliente sobre a colocação das mascaras de respiração;
·         Avaliação e acompanhamento da ferida;
·         Orientar o paciente e aos familiares quanto ao procedimento;
·         Esclarecer dúvidas;
·         Estabelecer relação de confiança e empatia;
·         Dialogar com a equipe;
·         Utilização de vestimenta adequada fornecida;
·         Despir-se de qualquer objeto de uso pessoal que possam originar fagulhas elétricas, pois o oxigênio e altamente inflamável como roupas sintéticas (nylon) e calçados, perfume, maquiagem, gel de cabelo é esmalte de unha; brincos, anéis, colares e pulseiras;
·         Próteses e afins: aparelhos auditivos; óculos ou lentes de contato, próteses
dentárias, próteses externas, tampões nasal ou vaginal, imobilizações ou fraldas com botões ou velcro, marca-passo externo;
·         Curativos: povidine, gaze vaselinada, óleos minerais; creme e pomadas expostas; soluções alcoólicas, iodadas ou oleosas na pele;
·         Alimentação: 01 hora antes da sessão e as demais refeições 2 horas antes da sessão;
·         Não administrar insulina 02h antes da sessão;
·         Acesso venoso: deixar acesso venoso salinizado ou AVC, heparinizado;
·         Sondas: Desprezar e anotar volumes de sondas e ostomias;
Pacientes com SNG deverão permanecer com as mesmas fechadas para evitar distensão abdominal.
  
Referencia:

HTTP://Enfermeiro.br.tripod.com
HTTP://www.ecotecmed.com.br



Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC)



A PICC Trata-se de um cateter especial para infusão intravenosa, colocado em uma das veias perto da dobra do cotovelo ou na parte superior do braço. Depois de colocado, ele é introduzido até chegar à veia cava localizada acima do coração. A sigla PICC significa Cateter Venoso Central de Inserção Periférica, Existe ainda o cateter de Midline semelhante a PICC, porem de menor comprimento, mas com a mesma função e inserção. O cateter PICC ou Midline e solicitado pelo médico para ministrar medicamentos endovenosos como também pode ser usadas para obter amostras de sangue sem precisar perfurar o braço do paciente repetidas vezes.

Normalmente, a PICC é instalada no hospitalar, tal procedimento em geral e inserido por um medico, o Enfermeiro com graduação superior e devidamente certificado para PICC também pode realizar este procedimento. Após tal procedimento será tirada uma radiografia para verificar se ele está adequadamente posicionado. O tempo de inserção da PICC varia de 30 a 60 minutos no centro cirúrgico.
 
Referencias
HTTP:/www.danburyhospital.org/en/PatientSimilares
HTTP:/www.uftm.edu.br/upload/hc/seenf